Orgulho Sim” em Ilhabela destacou a comunidade LGBTQIAPN+ com mostra de arte queer, música, dança, marchas e debates. Conheça o evento, idealização e impacto cultural na cidade.

Realizado em 28 de junho, Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+, o projeto “Orgulho Sim” ocupou simbolicamente a Rua do Meio, no centro histórico de Ilhabela, com arte visual, música, ativismo e celebração comunitária. Idealizado pela artista plástica e ativista Naiara Novazzi e financiado pela Prefeitura via edital da Secretaria de Cultura, o evento reafirmou territórios de pertencimento da comunidade LGBTQIAPN+ no espaço público.

Voz e visibilidade

Durante a cerimônia de abertura, Naiara declarou:

“Hoje… chutamos a porta e estamos aqui para sermos vistos e ouvidos.” 


Mostra de Arte Queer na Fundaci

No Salão de Exposições da Fundaci, foi inaugurada a primeira Mostra de Arte Queer de Ilhabela, com curadoria de Edinir Cezar. Artistas como Ana Canale, Gilmara Pinna, Íama Luz Labás, Cléo Ferreira, entre outros — incluindo a própria Naiara — expuseram obras que exploram identidades, afetos e lutas queer. A mostra promete itinerar por outros pontos da cidade, dando visibilidade ainda maior.


Música, dança e militância nas ruas

  • Artesanato do “Projeto das Pretas”

  • Atrações musicais: Viick Araújo, DJ Norma Nascimento, duo B(*)trônics, DJ Kost

  • Oficina de dança: Baile Charme da Subida do Morro

  • Marcha do Orgulho Sim às 19h30, com cartazes, bandeiras e palavras de ordem

  • Festa de encerramento: Baile Charme com DJ Naja e Caixa Alta; finalização da noite com DJ Gêe

Estes elementos transformaram a Rua do Meio em um “corredor de alegria e expressão”, conforme descrito pela organização.


Cultura como ferramenta transformadora

O “Orgulho Sim” integra o edital municipal de fomento à cultura, e a escolha de 28 de junho é simbólica: inicia-se no cerne das Revoltas de Stonewall, que em 1969 impulsionaram o movimento moderno pelos direitos LGBTQIA+.

O projeto exemplifica o uso da cultura como ferramenta de transformação, unindo arte visual, espaço urbano e resistência política para questionar estigmas e tornar visível o que foi historicamente silenciado.

Fonte: Prefeitura de Ilhabela/SP